APRESENTANDO A SEMANA ACADÊMICA
- Editoria de Entretenimento
- 30 de out. de 2020
- 9 min de leitura
Por: Vinicius Alexandre e Maria Fernanda
Em um tempo de tantas incertezas, é importante ter um olhar de esperança de que o futuro será melhor, é com muito prazer que nosso jornal apresenta a semana acadêmica da universidade Anhanguera Santana.

Imagem de Larissa Aparecida.
Aqui vamos abordar e comentar os assuntos tratados em cada dia da semana acadêmica, quatro dias de pura troca de conhecimentos, e conversas super interessantes e atuais. Nós, universitários, sabemos o quanto está sendo difícil essa ‘crise’, se é que podemos chamar assim, todos tivemos que nos acostumar com uma nova rotina de ensino, novas maneiras de aprender a distância e novos horários.
Diante disso, a universidade anhanguera, preparou a semana acadêmica com várias palestras e convidados para comentar o que sabemos, e nos contar o que ainda precisamos saber, foram eles(as): psicóloga Damiana Agrimani, psicóloga Joice Gomes Cavalcante, psicóloga Daise Gomes Guedes, assistente social Lillian de Moura, educadora Andreia dos Santos Oliveira, advogada Mara Priscila Leite dos Santos, o estudante de pedagogia Ramon Marcel Silva Pereira, educadora Maria Cristina Máximo, o palestrante Bruno Reis, educadora Lizandra de Campos, educadora Isaaf Karhawi, o convidado Douglas Dantas palestrante e professor de matemática, o jornalista Leonardo Vieira Paiva e o Alexandre Gilsogamo, e para encerrar a semana,com um sarau, contendo diversas apresentações dos participantes com poemas e muita música.
Vamos fazer um breve resumo do que foi essa semana incrível, vem com a gente?!
13 /10 – Primeiro dia da semana acadêmica com assuntos empoderados.
1° palestra
A Psicóloga Damiana Agrimani fez sua palestra com o tema, ‘Quem olha por quem cuida? Uma reflexão sobre as relações tendo a mulher como cuidadora'.
Comentando o papel da mulher na sociedade.
A convidada falou sobre uma pesquisa que ela fez referente às mulheres. A responsabilidade que cai em cima das mulheres. A cobrança que tem em cima da mulher, desde que ela é criança até ela crescer. Como a mulher desde muito tempo atrás, não tem direito às suas próprias escolhas.
2° palestra
A Psicóloga Joice Gomes Cavalcante, comentou em sua palestra sobre relações abusivas.
Relação abusiva de um ponto de vista mais amplo, que não é apenas no relacionamento entre homens e mulheres, mas também existe na relação com a família e amizades, citou características nos relacionamentos abusivos, a manipulação e o poder sobre o outro.
Foi destacado 6 tipos de violência nas relações abusivas, que são: abuso físico, verbal, financeiro, tecnológico, patrimonial e sexual.
Como sair de um relacionamento abusivo, que é parando de romantizar aquilo que não te faz bem, e observando coisas que não são normais em qualquer tipo de relacionamento.
3° palestra
Na segunda rodada de palestras do dia 13/10, a Psicóloga Deise Gomes Guedes, falou sobre a alienação parental.
Atuação do psicólogo no setor judiciário.
A importância do direito na psicologia.
Psicologia voltada aos direitos humanos.
Primeiro, uma conversa com a psicóloga Deise Amorim Guedes, sobre a criança que fica no meio de uma briga judicial entre os pais, porque isso não é aconselhável, e como o psicólogo deve se portar. Quando existe um caso assim, é possível mostrar que a criança deve conseguir acessar os parentes, ter um pai e uma mãe mesmo eles não estando mais juntos, e mostrando que o papel do psicólogo não é julgar.
Segundo, tivemos uma conversa com a assistente social Lilian de Moura, sobre como um assistente social deve se portar nos casos que envolvam alienação parental, falando que um assistente trabalha em conjunto com um(a) psicóloga(a).
Referência: A alienação parental, é um processo que consiste em programar uma criança para que odeie um de seus genitores sem justificativa. Quando a síndrome está presente, a criança dá sua própria contribuição na campanha para desmoralizar o genitor alienado (GARDNER, 1998; GARDNER,1999).
Terceiro, uma conversa com a educadora Andréia dos Santos Oliveira, sobre como faz falta o assunto da alienação parental na educação, porque nós não temos uma técnica proposta para abordar o assunto, e os educadores precisam pensar no desenvolvimento da criança, pelo fato da sociedade ter mudado a realidade da família, e que para ser educador não basta só gostar de criança, mas também ter em mente sobre as leis e obrigações que um educador tem para com o aluno. Complementando sobre a diferença da síndrome e da alienação parental, a síndrome é a consequência que a criança e a vítima sofrem, e alienação parental é o ato de alienar a criança.
O papel do educador, é colocar esse assunto em pauta nas escolas ou ambientes, e mostrar um certo acompanhamento, para passar todas as informações possíveis, e mostrar que a escola está envolvida, e pode ajudar a criar mecanismos de aproximação, desde do ensino fundamental até o médio.
Referência: Richard A. Gardner
Quarto, uma conversa com a advogada Mara Priscila Leite dos Santos, no direito a alienação parental, que está ligada ao litigioso e uma disputa judicial que deixam sempre o menor no meio disso. É dever da família proteger o filho(a) e prover todos os direitos, considerasse alienação parental todo tipo de manobra para dificultar o convívio com o outro genitor, é importante assegurar que a criança ou adolescente seja menos afetado por essa briga que pode tirar a dignidade da vítima, eles querem assegurar que o menor tenha seus direitos e prevenir que não haja danos por essas brigas litigiosas.
Nós precisamos resguardar os direitos e também a convivência.
A segunda rodada de palestras do dia 13/10, chegou com um assunto super interessante e necessário, pois a alienação parental, é um assunto que deve ser tratado desde o ensino fundamental, porque é muito importante ter um acompanhamento para que não chegue ao ponto de que um dos cônjuges perca a guarda em um processo judicial. Fechamos o primeiro dia de palestras com uma rodada de perguntas relacionadas ao assunto, por exemplo: É difícil reverter a síndrome da alienação parental, o tratamento seria a psicoterapia, inclusive para os pais que são, na verdade, os mais “adoecidos”. Vocês concordam?
Foi comentado que, de fato, se os pais receberem um devido tratamento, grande parte do problema seria resolvido.
14/10 – Segundo dia da semana acadêmica
4° palestra
Estudante de pedagogia Ramon Marcel Silva Pereira- Arte e pedagogia
Começamos aprendendo sobre a importância da arte na pedagogia.
A arte é uma forma de descoberta humana, ajuda na pesquisa do conhecimento da criança, pois elas representam o que sentem através de desenhos. Crianças pequenas que estão na creche, por exemplo, estão aprendendo com aquilo, não é apenas brincar, mas também, aprendendo a interagir com outras crianças
Cordel - poemas nordestino - são textos rimados impressos em folhetos, pendurados em cordas e vendidos em feiras livres.
Com a arte vem a criatividade, com isso a criança consegue melhor, e desenvolver seu crescimento como ser humano.
5° palestra
Um bate papo sobre educação com a educadora Maria Cristina Máximo.
Por que escolhemos a nossa profissão?
Escolher estudar é um ponto de ignição para iniciarmos nossa jornada.
Educação, e como devemos ter cuidado com a profissão que escolhemos, para ser aquilo que realmente queremos, que nos fará felizes e realizados.
6° palestra
O convidado Bruno Reis, com uma palestra incrível sobre anti racismo e psicologia.
Anti racismo = ser contra o racismo
Racismo estrutural, o racismo não é uma questão individual, e sim uma questão histórica, devido ao passado que ele tem e que segue até hoje. Comentou sobre as dificuldades que uma pessoa negra tem para conseguir um emprego, devido as exigências das empresas, e também a divisão de tarefas desiguais entre brancos e negros nas empresas. Acrescentou também o racismo interpessoal, quando uma pessoa pratica racismo contra outra.
Outro ponto abordado, foi a singularidade racista, ter empatia por pessoas negras, saber se tal coisa dita machucou a pessoa, e se ela está se sentindo bem naquele ambiente. Comentou também sobre a psicologia, e a falta de métodos negros nesta área, complementou que existem negros fazendo terapia com outros negros, para se sentirem mais confortável ao conversar com alguém que os entenderia melhor.
Na segunda rodada de palestras do dia 14/10
A influência das mídias sociais sob a perspectiva de diversas áreas do conhecimento.
Primeiro, uma palestra com a convidada educadora Isaaf Karhawi, sobre a influência das mídias sociais, como os aspectos desse novo mercado digital, e a questão de como as pessoas se tornam influenciadores digitais, dependendo do seu grupo, muda a forma como você vê os influenciadores, que pode ser visto um jeito de manipular, mas depende muito do discurso.
Segundo, uma palestra com o convidado Douglas Dantas, palestrante e professor de matemática, que comentou sobre a tecnologia na vida e no ensino, explicando como que os educadores viraram ‘blogueirinhos’, devido toda essa mudança que veio com a pandemia, e também falou que hoje os alunos se interessaram mais pelo assunto da matemática, porque ouvem todos os dias como achatar a curva e crescimento exponencial, e sobre como temos que tomar cuidado com certas influências do ditos influenciadores digitais.
Terceiro, uma conversa com o jornalista Leonardo Vieira Paiva, que falou sobre rádios, podcast, explicou um pouco de sua experiência, e pontuo que temos que pensar no público alvo para saber qual vai ser o modo de falar, para se transmitir notícia ou conteúdo. Ressaltou a importância de ter senso crítico para saber se é uma manipulação ou influência, comentou sobre a confusão de vozes, já que todo mundo pode falar na internet, mas ninguém ouve. Temos alguns pontos para seguir como comunicador, precisamos de conteúdo, uma maneira de falar, frequência e alcance, assim cada vez mais você será visto e ouvido.
Quarto, uma conversa com a convidada Lizandra de Campos Brandani, que introduz uma ótica de aplicativos de relacionamentos na perspectiva da mulher, por exemplo, o Tinder. Ela explicou a desigualdade de gênero, com base nas diferentes épocas, mostrando as divergências, abordando sobre o conceito de ‘amor romântico’, a procura de pessoa certa, que é o Happy-end, e sobre a naturalização
A convidada explicou sobre a gameficação de relações dos aplicativos de relacionamentos, fez referências de um estudo “Tinder ellas”, que se tornou livro, e pontuo que existe uma citação, “a masculinização do desejo, e a feminilização do amor”
Foi finalizado com uma rodada de perguntas e respostas com participantes, e os palestrantes terminando com um ensinamento muito necessário: tenha pensamento crítico, e pensamento científico.
15/10 – Terceiro dia da semana acadêmica
7° palestra
Nesse terceiro dia, a educadora Lizandra de Campos, nos trouxe uma oficina de diversidade.
Com a definição de diversidade, a diferença entre as pessoas, a luta para mostrar quem nós realmente somos. A palestra foi aberta para os alunos interagirem mais.
Globalização que torna o mundo mais homogêneo.
Foi falado sobre algumas diversidades, como: diversidade religiosa, (rituais católicos, indígenas, etc.), diversidade étnica, cultural, social, sexual e diversidade de gerações. Biodiversidade, pensar em ecologia, e em como a nossa diversidade pode acabar atingindo a outra.
Diversidade e inclusão
Houve uma interação com os alunos, na qual tinham que falar como eles achavam que as pessoas os descrevem. Com base nisso, teve um bate papo sobre os julgamentos que as pessoas fazem antes de nos conhecer.
Para finalizar, teve uma dinâmica, “Qual é a sua causa?”. Cada um teve que pegar um papel e fazer uma frase de protesto, escolhendo uma causa que cada um deles defendem.
Na segunda rodada de palestras do dia 15/10, o convidado Alexandre Gilsogamo, deu uma palestra sobre negritude, com o cotidiano como prática antirracista.
No terceiro dia da semana acadêmica, tivemos uma conversa super interessante, e importante sobre como o racismo funciona, e como a sociedade ainda é racista em pleno século XXI, ninguém nasce racista, desde criança existe uma influência, seja das relações com família, amigos ou professores. Foi dito que todos os preconceituosos, estão em momento de desconstrução, muitas coisas ainda precisão mudar, o racismo se tornou a base em que a sociedade se criou durante anos.
Temos muitos exemplos de racismo estrutural, como alguns episódios de novelas que passam na televisão, se nós não sentimos o efeito do racismo, o mínimo que se pode fazer é entender que os brancos foram sim privilegiados durantes todos esses anos, e tentar entender o lado dessa causa super importante.
Nós precisamos encarar que a história do nosso país é triste, historicamente falando, que existiu um genocídio dos indígenas, e que a sociedade atual ainda vive na sombra de toda essa tristeza, precisamos entender que é preciso evoluir e se reinventar.
É preciso prestar mais atenção com o que falamos, como piadas ou até mesmo conversas, porque nem tudo pode ser dito, devemos ter uma postura cotidiana, não podemos confundir e colocar todas as ofensas sendo bullying, porque cada uma delas tem que ser tratadas de formas diferentes.
E finalizando esse terceiro dia da semana acadêmica, foi feito uma conversa aberta com os participantes contando suas vivências.
16/10 – Quarto e último dia da semana acadêmica.
O último dia foi mais leve, todos participaram com diversas apresentações em um sarau que apresentou poemas, músicas e relatos de vivências dos participantes
Sarau
O sarau foi feito para todos terem a liberdade para se expressar da maneira que quisessem. Teve pessoas que cantaram músicas que lhes fazem bem, poesias que tinham um forte significado como exaltar a luta contra racismo, e que emocionaram muitos que estavam presentes ali.
Sarau com convidados
Com vários participantes, tivemos uma noite cheia de poesia, música e com muitas referências a livros e autoras como Silvia Federici, com o livro “O Calibãn e a Bruxa” e uma apresentação linda de uma banda protagonizada por alunos.
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