- Gabriel leandro
- 14 de abr. de 2021
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O auxílio emergencial é reconhecido em todo o território nacional por ajudar brasileiros em estado de extrema vulnerabilidade financeira decorrente da pandemia de Covid-19. Ele volta a ser distribuído, agora em valores menores. Entenda o que está por trás disso e o que pensa a população.

O mundo todo foi afetado pelo vírus SARS-CoV-2, e no Brasil não foi diferente. A rápida disseminação da Covid-19 forçou estados e municípios a implementarem diversas medidas de isolamento social, sendo vetada a abertura dos comércios, trabalho presencial em diversas empresas onde havia forte concentração de pessoas, com o intuito de frear o contágio pelo vírus. Apesar de serem decisões para benefício da população, diversos comércios e empresas não puderam manter seu quadro de funcionários por não terem condições de arcar com os custos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, durante a pandemia o índice de desemprego chegou a acometer cerca de 13,5% da população.
Com todo esse caos gerado pela pandemia, houve uma iniciativa da esfera legislativa na elaboração de um programa de renda emergencial para a população, como alguns países adotaram, para não gerar danos à população e com o intuito de proteger a economia. O Ministério da Economia aceitou a implementação do programa para benefício da população e sugeriu parcelas de 200 reais para a população de baixa renda, o que foi visto pelo Poder Legislativo como um valor muito baixo, dada a necessidade da população e alta no índice de desemprego no Brasil. Sendo assim, foi aprovado na Câmara dos Deputados e em seguida no Senado Federal o Projeto de Lei 1066/2020, que estabelece o valor de 600 reais do auxílio emergencial para pessoas de baixa renda, projeto esse sancionado pelo Presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) no dia 01 de abril de 2020, dando assim início aos cadastros e avaliações para seleção dos beneficiários do programa de renda emergencial.
A princípio seriam três parcelas de 600 reais, que foram prorrogadas para mais duas parcelas do mesmo valor, e por fim, mais quatro pagamentos de 300 reais. Hoje, um ano após o início deste programa, foi discutido a respeito de uma nova rodada do auxílio que já havia sido negado anteriormente pelo Ministro da Economia Paulo Guedes, mas ao ser observado a necessidade da população e a pressão pela continuidade do auxílio, o Governo Federal anunciou em março uma nova fase dos pagamentos, dessa vez com mais restrições e valores bem inferiores comparados aos pagos anteriormente.
Com as novas restrições para obter o auxílio, cerca de 45,6 milhões de pessoas serão beneficiadas, segundo o Jornal Contábil, com o total de quatro parcelas divididas nos seguintes valores:
• R$ 150 – quem mora sozinho;
• R$ 250 – famílias com mais de um integrante;
• R$ 375 – mulheres que são as únicas provedoras de suas famílias.
Durante a divulgação da nova rodada do benefício, realizada na quarta-feira (31/03), o Presidente Jair Bolsonaro classificou o pagamento do auxílio como mais um endividamento da união, além de mais uma vez criticar as medidas de isolamento adotadas para menor propagação do vírus. “O auxílio emergencial é um alento, é pouco, reconheço, mas é o que a nação pode dispensar à sua população”, disse Bolsonaro sobre o valor do benefício, que foi criticado por parte da população, por ser considerado pouco. O ministro Paulo Guedes também deu sua opinião a respeito dos valores anunciados, em reunião com senadores, Guedes foi questionado se não havia possibilidade de pagamentos no valor de 600 reais, como no início do programa. Em resposta, o Ministro da Economia disse que o valor só pode ser aumentado se houver contrapartida, como por exemplo, a privatização de estatais.
Beneficiários do auxílio também relataram sobre a nova rodada de pagamentos, e sua importância neste momento tão difícil que o país enfrenta. Em depoimento dado ao Id Universitário, a dona de casa, residente na cidade de Itaquaquecetuba – SP, que preferiu não se identificar, disse que receber as novas parcelas do auxílio emergencial ajudará muito, vista a situação que o país se encontra, apesar do valor inferior e do aumento das despesas.
“Acho que o valor atual do auxílio está muito inferior, pois houve grande aumento nos gastos com alimentos, contas de água, energia, etc”, relatou à paulistana, que receberá quatro parcelas de 250 reais para sustento de sua família. O estudante de 18 anos Matheus Gefuni, morador da cidade de Suzano – SP foi contemplado na primeira rodada do benefício, porém, teve seu auxílio negado nessa nova fase mais restrita. O jovem reconhece a importância do programa de renda emergencial criado para ajudar a população, e relata que a situação será extremamente difícil para as pessoas que dependem desses pagamentos para se manterem financeiramente. “Para mim o auxílio foi realmente um complemento na renda, me ajudou em alguns quesitos”, afirmou o estudante.
A primeira parcela da nova rodada do auxílio começou a ser paga na terça-feira (06) e o calendário de pagamento do benefício pode ser consultado pelo site www.caixa.gov.br/auxilio. Também no endereço eletrônico é possível consultar como é realizada a seleção das que receberão o auxílio, assim como outras informações.