- Lorena Lopes
- 28 de out. de 2020
- 3 min de leitura
O câncer de mama é o segundo mais comum entre as mulheres em todo o mundo, a taxa entre as mulheres de 20 a 50 anos é a maior do Brasil segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), por isso a importância do autoexame e também das consultas em dia com o ginecologista.

Imagem de domínio público
A prevenção é extremamente importante, pois quando diagnosticado precocemente a chance de cura é de 95%, já quando descoberto mais tarde essa taxa cai para 50%. De 100% casos, 80% são descobertos pelas próprias mulheres, por isso a importância de como fazer o auto exame e criar o hábito a partir dos 20 anos. Um auto exame completo é realizado em três etapas: a observação em frente ao espelho, a palpação durante o banho e a palpação deitada:
Observação em frente ao espelho:
Tire a blusa e o sutiã, e fique em frente ao espelho com as mãos na cintura;
Verifique o tamanho, o formato e o contorno das mamas;
Observe se há alterações na pele da mama, na aréola ou no mamilo;
Verifique se o sutiã deixa marcas em apenas uma das mamas, indicando inchaço;
Deixe os braços soltos ao lado do corpo, e observe as mamas novamente;
Erga os braços, e observe se há alterações.
Palpação em pé no chuveiro:
Com a coluna ereta, coloque a mão esquerda atrás da nuca, com o cotovelo apontado para cima;
Deslize a mão direita pela mama esquerda, apalpando-a com a ponta dos dedos;
Faça movimentos circulares com firmeza, mas sem causar desconforto ou dores, iniciando na axila e seguindo em direção ao mamilo;
Durante a palpação, verifique se há regiões mais densas ou caroços;
Faça os mesmos movimentos circulares na região das axilas, observando se há algum nódulo palpável;
Pressione delicadamente o mamilo para verificar se há saída de líquido de origem desconhecida;
Troque a posição dos braços, colocando a mão direita na nuca, e repita o passo a passo desta etapa.
Palpação deitada:
Deite-se na cama, coloque um travesseiro fino embaixo do ombro esquerdo, e leve a mão esquerda para trás da cabeça;
Com a outra mão, apalpe a mama esquerda, e faça movimentos circulares com a ponta dos dedos, verificando a presença de anormalidades;
Coloque o travesseiro embaixo do ombro direito, e repita os passos com a outra mama.
Esses passos são necessários, porque a mama se movimenta junto com o corpo, de forma que uma anormalidade pode passar despercebida em determinada posição. Além disso, durante o banho, com a pele ensaboada, as mãos deslizam mais facilmente, aumentando as chances de detectar qualquer anormalidade.
Fique atenta também a esses sinais:
Mama inchada, com tamanho ou formato alterado;
Mamilo secretando líquido sem que você esteja amamentando;
Irritação ao redor do mamilo com vermelhidão, coceira ou ardência;
Pequenas feridas ou lesões na mama;
Região da mama “afundada” ou retraída, com prejuízo ao contorno;
Caroço perceptível ao toque na mama ou na axila;
Veia dilatada ou aumentando de tamanho na mama;
Textura da pele alterada com surgimento de rugas ou aparência de celulite;
Mamilo que mudou de posição ou virado para dentro (inversão);
Dores nas mamas ou nas axilas.
Encontrou alguma anormalidade, não se desespere, lembre-se que a maior parte dos caroços são benignos, mas procure seu médico o mais rápido possível, pois só ele lhe trará o diagnóstico mais preciso. O câncer em geral também pode vir de algum histórico familiar, é de extrema importância que tenha todas as consultas e exames em dia com o seu médico, principalmente se houver algum histórico na família, mesmo que seja o do seu tataravô, investigue.
As consultas e exames, também podem investigar outros tipos de câncer na mulher, como o câncer de colo do útero através do Papanicolau, que é preciso ser feito todo ano. O Câncer de Colo de Útero, é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Alguns fatores favorecem o aparecimento dessa doença:
Sexo desprotegido com múltiplos parceiros
Histórico de DSTs (HPV)
Tabagismo
Idade precoce da primeira relação sexual
Multiparidade (Várias gestações)
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Ao contrário do que se acredita, a endometriose e a genética não possuem relação com o surgimento desse câncer. Mas o Câncer de Colo de Útero, não tratado, pode evoluir para uma doença mais severa, o carcinoma invasivo do colo uterino (tumor maligno). Afetando em sua maioria, mulheres entre 40 e 60 anos de idade.