top of page

Como anda a saúde mental dos alunos durante as aulas remotas

  • Foto do escritor: Lucas Barbosa
    Lucas Barbosa
  • 7 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Imagem de domínio público


Sabe-se que, por conta da pandemia mundial de Covid-19, o mundo teve que parar com tudo, seja o trabalho, visitar os amigos etc. Tanto é que as escolas públicas (municipais, estaduais e federais) e particulares acabaram parando e todos os alunos e professores tiveram que se adaptar ao sistema on-line de aulas, para não perder o ano letivo. Mas, mesmo com essas mudanças, alguns alunos não conseguiram se acostumar a esse novo formato de aula. Seja por conta de não ter costume de utilizar a plataforma de ensino (Google Hangouts, Microsoft Teams ou afins), ou rotina nova que não estava ainda adaptado, por não ter celular, notebook ou falta de internet. O que se acontece muito no Brasil, pois ainda não garantiu acesso a internet para todos os Brasileiros.

É preciso ter consciência que não é fácil para ninguém ficar confinado em casa durante quatro, ou então, seis meses, sem sair, por causa da pandemia. Para isso é necessário manter a saúde mental equilibrada durante esse período. Algo que possa estar ocorrendo com bastante gente é não ter o mesmo desempenho numa aula on-line do que ele teria numa aula presencial. A saúde mental do aluno pode atrapalhá-lo, seja por um agravamento na ansiedade, em função desta situação da pandemia ou outras coisas.


A reportagem foi saber como esses alunos estão lidando com essa situação atípica, que pode se tornar comum se não surgir uma vacina para esse vírus. Dez alunos receberem perguntas pré-selecionadas e com esta base pode-se ter uma amostragem de como a Mairia desse público está se adaptando ao ensino à distância.


Eles dizem não se sentir confortáveis com esse método, como afirma Michely, 20 anos, “escolhi o ensino presencial, não consegui me adaptar com o EAD, por dificuldade que já tive anteriormente com esse sistema de ensino”. Então, é interessante de se notar que realmente as pessoas não estavam acostumadas a ter esse sistema de ensino à distância, principalmente por estar habituadas a um ensino presencial, desse modo pode-se explicar o porquê alguns alunos não querem ver a aula on-line.


Outra pergunta que também chamou a atenção pelos resultados foi “quais dificuldades que eles tiveram para se adaptarem com esse novo estilo de aprendizagem?”. Segundo Dayane, 20 anos, “adaptar os horários de estudo novamente, dispor de mais horas complementares para conseguir acompanhar todo o conteúdo de forma remota, readaptar o estágio online”. No caso dela, acaba sendo interessante de se acompanhar pois ela está no último ano na Faculdade de Letras.


O estágio que Dayane precisa realizar também está sendo on-line, o que aumenta ainda mais a dificuldade de se ter uma rotina de estudos on-line. Continuando com a entrevistada, outra questão que chama a atenção é sobre o desempenho da estudante, “somos mais cobrados por fazer as atividades, além de assistir as aulas on-line, para ter a presença confirmada”. Ou seja, a carga de atividades dos alunos aumentou durante as aulas on-line.


A ansiedade dos estudantes aumentou e houve muita piora, segundo a maioria dos entrevistados. A psicóloga da Faculdade Anhanguera, Joice Gomes Cavalcante, 40 anos, disse que “sim, frente a pandemia de Covid-19 houve uma grande mudança na rotina de todos, essas mudanças geram muitas ansiedades e precisam de um tempo de adaptação. A incerteza de quando e como tudo isso vai acabar produzem sentimentos de medo de morrer ou perder quem amamos”.


Sendo assim, devido às grandes mudanças que aconteceram, é normal que o aluno tenha essa falta de controle em sua vida, pois, com as notícias e sem uma informação do que pode acontecer no futuro, praticamente é um “convite” para a ansiedade aumentar.


Joice diz que realmente o aluno se sente sobrecarregado nas aulas, sem que tenha um professor de forma presencial, “sim, sabemos que ansiedade faz com que a gente sinta dificuldade de concentração, insônia, medo, dúvida da nossa capacidade. Apresentamos também, taquicardia (coração acelerado), tensão muscular, tremores sudoreses, dificuldades de respirar e dores de cabeça. Imagine sentir isso tudo em isolamento social? Esses sentimentos são comuns, em tempos de crises e o afastamento das rotinas antes estabelecidas, aumentam a ocorrência de crise de ansiedade, sobrecarregando os estudantes em suas atividades diárias”.


O aluno sente-se mais segura ao tirar as dúvidas presencialmente, quando conversa “olho no olho” com o(a) professor(a), ao olhar para uma tela de celular ou computador esse contato se perde.


A psicóloga diz que, para os alunos não se esgotarem mentalmente é preciso ter “calma, tudo isso vai passar. E você vai perceber o quanto as mudanças nos ajudam a criarmos habilidades, se para você ainda está muito difícil busque uma rede de apoio. Utilize-se da tecnologia para as relações sociais, permita se sorrir e tenha esperança de dias melhores. Se ainda assim continuar muito difícil busque ajuda de profissionais.”


Comments


          Receba nossas atualizações!

Obrigado pelo envio!

© 2020 por ID Universitário. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Branca Ícone Instagram
  • Ícone do Facebook Branco
  • Ícone do Twitter Branco
bottom of page