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AS CONTRIBUIÇÕES DA IMPRESSORA 3D NA CIÊNCIA

  • Foto do escritor: Alessandra Cunha
    Alessandra Cunha
  • 2 de set. de 2021
  • 5 min de leitura

A impressão 3D surgiu com um propósito simples e inovador com impressão de lâmpadas e moldes de plástico. E passou a ser uma grande aliada para a ciência moderna, saindo de simples lâmpadas para confecções de órgão 100% funcionais



Alessandra dos Santos Cunha



Criado em 1986, há apenas 34 anos atrás por Charles Hulk inventor Norte – Americano, surgiu um dos maiores avanços tecnológicos da história, a impressora 3D, inicialmente com duas funções principais: criação de lâmpadas para a solidificação de resinas e para a produção de partes de plástico de forma mais rápida, seu baixo custo (considerando as grandes produções) também é uma grande vantagem. Antes da impressora os protótipos eram feitos de forma manual, informando e assim depois fazer o molde.

O principal material utilizado para a confecção das peças são dois tipos de plástico:

ABS (Acrilonitrila butadieno estireno): Esse é o mais comum utilizado nas impressoras de modelagem por fusão e depósito (as formas mais comuns e acessíveis para o público geral). Esse tipo é mais rígido e leve que apresenta uma boa junção entre resistência e flexibilidade.

PLA (ácido político): É um material biodegradável que é produzido a partir de um ácido láctico fermentado a partir de culturas. Esse material é mais eficiente que o ABS em determinadas moldagens pois tem menos chances de deformar após a aplicação e libera menos fumaça depois de atingir seu ponto de fusão.

Mas que tipo de peças podem ser produzidas?

Arte: joias e esculturas,

Entretenimento: action figures e miniaturas

Arquitetura: maquetes com visualização de forma rápida e barata

Indústria: peças para diversas máquinas.

Na área da saúde foi onde teve um avanço mais impressionante, onde recentemente, um estudo feito por pesquisadores italianos mostra que, utilizando a impressora 3D seremos capazes de reproduzir material orgânico compatível com o corpo humano, como veias, tecidos muscular e até mesmo um coração humano, nesses casos o material que é utilizado são células tronco com as células do órgão que se deseja imprimir. Apesar de já ser possível essas impressões, ainda pode levar um tempo para que essa tecnologia chegue aos laboratórios, pois ainda existem alguns detalhes a serem acertados como por exemplo a durabilidade das células, porém pesquisas já estão sendo realizadas para a solução dessa questão, porque isso poderia salvar vidas e consequentemente diminuir a fila de espera de pessoas que precisam dos órgãos. E como mostra um artigo publicado na revista Galileu, um grupo de cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel, produziram com tecidos humanos a miniatura de um coração humano em uma impressora 3D. O órgão foi completamente produzido, ou seja, possui vasos sanguíneos, cavidades e até colágeno.

"Até onde sabemos, até agora todos os corações que foram impressos usando essa técnica vieram de materiais sintéticos", afirmou Tal Dvir, um dos responsáveis pelo feito, ao jornal espanhol El País."

Hoje o valor de um maquinário como as impressoras 3D podem variar de acordo com a necessidade de produção, se algo mais simples como por exemplo uma peça de arte, o valor pode ser de R$1.600,00 à R$ 7.000,00, mas agora se for para uma produção em massa ou para um laboratório de medicina o valor pode chegar até R$45.000,00.

E para surpreender ainda mais, existem espalhadas pelo mundo, iniciativas de impressoras grandes o suficiente para ser utilizadas em construção de casas e o diferencial seria o material utilizado, como por exemplo fibra de madeira, metal, plástico e até mesmo areia, uma casa construída dessa forma teria um custo muito mais baixo do que com a construída de forma tradicional por causa dos materiais usados, o não gasto com a mão de obra e também com o tempo de construção, lembrando de são apenas ideia e hipóteses, mas que não podemos descartar as ideias.

E para elucidar melhor aos nossos leitores como é esse segmento da impressão 3D, convidamos para uma entrevista, o produtor audiovisual a mais de 11 anos, Felipe Paranhos de Amorim.

A- Felipe, por que você optou por entrar nesse nicho das impressões 2D? E como foi esse processo?

F- Iniciei nessa área apenas como um hobby, no qual eu tercerizava o serviço antes de realmente investir em uma máquina, onde eu testei as duas possibilidades de impressão: resina ou plástico. Daí ao longo do tempo identifiquei qual das duas vertentes atenderia melhor a minha finalidade, e com isso adquirir uma impressora de entrada.

A- Após decidir qual tipo de matéria você iria utilizar você investiu em sua própria máquina, certo? Como foi esse processo de sair de um produto de terceiros, e ir para sua própria máquina. Qual foi seu processo de aprendizado, junto aos gastos e cuidados envolvidos no manuseio do equipamento?

F- Isso mesmo Alessandra. Bem, no início sempre há uma curva de aprendizado é claro, e isso é uma coisa que sempre vai existir em qualquer atividade seja por hobby ou por remuneração, e foi o que aconteceu comigo. As pessoas de início sempre pensam que uma impressora 3D é um item de consumo simples e tranquilo, onde você simplesmente aperta um botão e as coisas acontecem feito mágica, mas não é bem assim! O equipamento necessita de manutenção e cuidados, e uma limpeza bem minuciosa. E também de um pequeno estudo para o manuseio do próprio equipamento. Eu mesmo passei 1 ano vendo vídeos e lendo posts em grupos sobre o assunto até adquirir a minha impressora.

E em relação aos custos, isso é muito paliativo pois qualquer segmento tem seus custo de produção, onde primeiro se investe, e só depois se colhe os lucros.

A- Atualmente você trabalha em qual segmento das impressões 3 D.

F- Hoje faço action figures sob encomendas, mas por enquanto como faço apenas como hobby, não é o meu trabalho "fixo". Mas penso em expandir as minhas produções dependendo do movimento do mercado.

A- Para finalizarmos Felipe, você poderia explicar para nossos leitores como é o processo de

criação de suas esculturas, quais alguns cuidados ou dicas para alguém que esteja interessado em comprar tal máquina?

F- A primeira coisa que uma pessoa que está interessada em comprar um equipamento de impressão é identificar qual a sua finalidade e a partir disso colocar o tamanho da impressora como parâmetro para saber qual máquina comprar. Hoje existem impressoras enormes e impressoras de pequeno porte que cabem numa mesa ao lado do monitor por exemplo, mas caso escolher por uma impressora de grande porte, será necessário adaptar seu espaço de trabalho para isso. E para os que vão iniciar agora com esse tipo de instrumento os erros são comuns, porém são evitáveis. Então sempre ter uma boa base teórica sobre o que vai fazer e manter um ambiente de trabalho organizado é essencial, para que problemas na hora da impressão não ocorram, como: mesa desnivelada, bico entupido, filamento com umidade, correias frouxas e inúmeros outros. Com o tempo se vai aprendendo a tomar as devidas precauções, daí os erros se tornam mais raros. Mas no início é bem comum isso acontecer.

E sobre o processo de impressão ela funciona como se fosse uma máquina de sorvete do Mcdonalds, você injeta a matéria prima em uma extrusora, a extrusora empurra a matéria prima para o bico, com isso o bico derrete a matéria prima, e os eixos da impressora se movimentam enquanto o bico deposita matéria prima em uma mesa plana, camada por camada até que a peça em questão esteja completamente pronta.

A- Felipe, realmente foi um prazer conversar com você! Muito obrigado pela entrevista.

F- O prazer foi meu, Alessandra. Muito obrigado pela oportunidade.




 
 
 

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