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COMO A ‘GERAÇÃO DIGITAL’ ESTÁ DESENVOLVENDO O Q.I?

  • Foto do escritor: Lucas Barbosa
    Lucas Barbosa
  • 18 de nov. de 2020
  • 5 min de leitura

Segundo o neurocientista francês Michel Desmurget “as crianças de hoje estão perdendo Q.I em relação a geração passada”


Imagem de domínio público.


Não é novidade pra ninguém que, as crianças de hoje em dia já vem criando mais familiaridade com os dispositivos tecnológicos (Seja Celular, Notebook, Tablet, etc). O que de certa forma, nos mostra que a tecnologia está bem presente em nossas vidas, ainda mais com o crescimento da Internet . Desde que a internet começou a crescer no Brasil e no resto do mundo, diferentes gerações tiveram que aprender ou então começar a criar uma familiaridade com esses dispositivos, seja a geração de 80,90 ou de 2000. Mas quem nasceu de 2010 pra frente já tem com 1 ou 2 anos acesso a um celular ou pelo menos já reconhecendo um celular, e isso tem chamado a atenção do universo da ciência pois, uma das perguntas que se fazem é de: Como essa “Geração Digital” tem o QI delas desenvolvida?


Bem, quem faz a maioria destas pesquisas hoje, é o Neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, que com o livro dele, chamado: A Fábrica de Cretinos Digitais, admite que “As crianças de hoje são atordoadas por entretenimento bobo, privadas de linguagem, incapazes de refletir sobre o mundo, mas felizes com sua sina.” O neurocientista apresenta dados concretos e conclusivas que o Q.I. das crianças de hoje em dia, estão cada vez diminuindo por causa dos aparelhos digitais. O especialista acumula vastas publicações científicas e já passou por centros de pesquisas renomados, casos como: o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Essas evidências são de grande ajuda, visto que os testes de Q.I. tem realmente apontado que as novas gerações são menos inteligentes do que as anteriores.


O neurocientista conta mais sobre essa pesquisa em uma entrevista à BBC News Mundo, que irei pegar alguns trechos e traduzir sobre. Para começar, a equipe da BBC pergunta a Michael se os jovens de hoje são a primeira geração com o Q.I mais baixo do que a última? - Ele responde que: “Sim. O Q.I. é medido por um teste padrão, mas entretanto não são os mesmo testes que a última geração faz por exemplo, os meus pais fizeram um teste diferente do meu. Mais que sim, um grupo selecionado pode ser submetido a esse teste antigo.


E que, ao fazerem isso, os pesquisadores comparam em muitas partes do mundo que o Q.I aumentou de geração à geração. Isso é chamado de - Efeito Flynn - em homenagem ao psicólogo americano que descreveu esse fenômeno. Mas, essa tendência começou a se reverter em alguns países, onde os - Nativos Digitais - são os primeiros filhos a ter Q.I inferior ao dos pais. Essa tendência foi vista em países como a Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda e França.


Continuando, os jornalistas da BBC perguntam a Desmurget qual a causa que determina isso, ou o que foi o que começou com esse feito, o neurocientista fala que: “Infelizmente, ainda não é possível determinar o que está causando essa diminuição, se é a poluição (Por exemplo, a exposição precoce a pesticidas) ou a exposição às telas, com a famosa Luz Azul, de computadores, celulares e afins. O que sabemos com certeza é que, mesmo com o tempo de tela de uma criança não seja o único culpado, isso tem um efeito significativo em seu Q.I.


Os jornalistas perguntam o porque o uso de dispositivos digitais causam isso. Segundo Desmurget: “As causas também são claramente identificadas: Diminuição da quantidade e qualidade das interações intrafamiliares, essenciais para o desenvolvimento da linguagem e emocional; Diminuição do tempo dedicado a outras atividades mais enriquecedoras como Lição de Casa, Música, Leitura, Perturbação do Sono, que é altamente reduzida e degradada e etc.


Ele é perguntado, se as telas causam problemas também no sistema neurológico do jovem. De acordo com Desmurget: “O cérebro não é um órgão estável suas características ‘finais’ dependem da nossa experiência. O mundo em que vivemos, os desafios que enfrentamos modificam bem o cérebro em algumas partes que se especializam, outras se perdem ou seja dependendo de como é utilizado a tela, pode ou não pode afetar o sistema neurológico de um jovem.


Os jornalistas continuam a entrevista é questionam se são todas as tela que prejudicam, ou tem alguma diferença entre elas? Segundo o neurocientista “Ninguém diz que a "revolução digital" é ruim e deve ser interrompida. Eu próprio passo boa parte do meu dia de trabalho com ferramentas digitais. E quando minha filha entrou na escola primária, comecei a ensiná-la a usar alguns softwares de escritório e a pesquisar informações na internet.


Os alunos devem aprender habilidades e ferramentas básicas de informática? Claro. Da mesma forma, pode a tecnologia digital ser uma ferramenta relevante no arsenal pedagógico dos professores? Claro, se faz parte de um projeto educacional estruturado e se o uso de um determinado software promove efetivamente a transmissão do conhecimento. Porém, quando uma tela é colocada nas mãos de uma criança ou adolescente, quase sempre prevalecem os usos recreativos mais empobrecedores. Isso inclui, em ordem de importância: televisão, que continua sendo a tela número um de todas as idades (filmes, séries, clipes, etc). e, finalmente na adolescência um frenesi de autoexposição inútil nas redes sociais.


Os jornalistas da BBC perguntam quando tempo uma criança e os jovens passam em frente a uma tela de computador, celular e qual seria o tempo recomendado para elas. O neurologista fala que: “Em média quase três horas por dia para crianças de 2 anos, cerca de cinco horas para crianças de 8 anos e mais de sete horas para adolescentes. Isso significa que antes de completar 18 anos, nossos filhos terão passado o equivalente a 30 anos letivos em frente às telas ou se preferir 16 anos, trabalhando em tempo integral!


Envolver as crianças é importante, eles precisam ser informados de que as telas danificam o cérebro, prejudicam o sono, interferem na aquisição da linguagem, enfraquecem o desempenho acadêmico, prejudicam a concentração, aumentam o risco de obesidade, etc. Alguns estudos mostram que é mais fácil para crianças e adolescentes seguirem as regras sobre telas quando sua razão de ser é explicada e discutida com eles.


A partir daí a ideia geral é simples em qualquer idade o mínimo é o melhor, além dessa regra geral diretrizes mais específicas podem ser fornecidas com base na idade da criança.

Antes dos seis anos, o ideal é não ter telas (o que não significa que de vez em quando você não possa assistir a desenhos com seus filhos), quanto mais cedo forem expostos maiores serão os impactos negativos e o risco de consumo excessivo subsequente.


A partir dos seis anos, se os conteúdos forem adaptados e o sono preservado, o tempo em frente a tela pode chegar até meia hora ou até uma hora por dia, sem uma influência negativa apreciável. Outras regras relevantes: sem telas pela manhã antes de ir para a escola, nada à noite antes de ir para a cama ou quando estiver com outras pessoas. E, acima de tudo sem telas no quarto.”


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