PRÊMIO NOBEL: O QUE É, COMO FOI CRIADO E A EDIÇÃO DE 2020
- Lucas Barbosa
- 28 de out. de 2020
- 4 min de leitura
O prêmio deste ano, teve um fato interessante, a de ter três mulheres premiada numa mesma edição.

Imagem de domínio público
Sabemos que se existe vários prêmios em nossa sociedade, todos nós queríamos ganhar seja ele uma vez em nossas vidas ainda mais no mundo da ciência, onde o mais respeitado deles é o Prêmio Nobel, que carrega o nome do cientista sueco Alfred Nobel. A primeira edição do prêmio foi em 1901, desde de então até 2017 (Dados as pesquisas), foram distribuídos 585 vezes para 923 pessoas ou então organizações, as categorias do prêmio vão desde de Química até em Economia. Mas como é sempre comum neste ano, teve a edição de 2020 que começou as distribuições do prêmio, e também foi o ano que teve a surpresa de termos três cientistas premiadas numa mesma semana.
O prêmio foi um desejo do cientista Alfred Nobel, num testamento que ele escreveu um ano antes da sua morte,em 1986, no testamento ele pedia para que toda sua fortuna fosse utilizada para criar uma premiação que para ele, descreve que seria “O maior benefício para a humanidade.” Então assim se fez, a premiação foi criada nas áreas de física, química, fisiologia ou medicina, literatura e paz.
Alfred Nobel era Químico, Engenheiro e inventor, nasceu em 21 de Outubro de 1833 na Estocolmo, Suécia. Entre as 355 invenções que ele criou, as mais famosas dele é a Dinamite e a Balistite, que deu base para muitos outros explosivos militares sem fumaça que vieram após as épocas. Tanto que em uma das falas dele, carrega um sentimento de culpa pelo mal que suas invenções podem ter causados aos homens.
Um dos testamentos dele antes da morte: -“A totalidade do que resta da minha fortuna será organizada da seguinte forma: o capital, investido em valores seguros por meus testadores, constituirá um fundo cuja participação será distribuída a cada ano na forma de prêmios entre aqueles que durante o ano anterior fizeram o maior benefício para a humanidade.
Esse interesse será dividido em cinco partes iguais, que serão distribuídas da seguinte forma: uma parte para a pessoa que fez a descoberta ou a invenção mais importante dentro do campo da física; outra parte para a pessoa que fez a descoberta ou melhoria mais importante em química; uma parte para a pessoa que fez a descoberta mais importante dentro do campo da fisiologia ou medicina; uma parte para a pessoa que produziu o trabalho mais notável de tendência idealista dentro do campo da literatura, e uma parte para a pessoa que trabalhou mais ou melhor em favor da fraternidade entre as nações, a abolição ou redução de exércitos existente e para a celebração e promoção de congressos pela paz.
Os prêmios de física e química serão concedidos pela Academia Sueca de Ciências, Fisiologia e Medicina serão concedidos pelo Instituto Karolinska em Estocolmo, o de literatura pela Academia de Estocolmo, e a dos defensores da paz, por uma comissão formada por cinco pessoas escolhidas pelo norueguês Sporting. É meu desejo expresso que, ao conceder estes prêmios, a nacionalidade dos candidatos não seja levada em consideração, mas que aqueles que recebem o prêmio sejam escandinavos ou não, tornem-se os mais merecedores”.
Com isso 94% da fortuna de Alfred Nobel, foram usadas para se criar a Fundação Nobel, onde aconteceria de se criar as cincos premiação do Nobel.
Bem, contada um pouco sobre como a premiação foi criada, nós entramos para a edição de 2020, que neste ano teve um fato no mínimo interessante, onde três cientistas mulheres ganham num mesmo ano, algo que não acontecia a muito tempo.
As cientistas são: A astrônoma norte-americana Andrea Ghez, que junto com os colegas dela Roger Penrose e Reinhard Genzel, descobriu novas informações sobre Buraco Negros, tanto que o comitê falou que: “A evidência mais convincente de um buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea”. Ela é somente a quarta mulher a receber o Nobel de Física, tanto que dois anos antes a física canadense Donna Strickland ganhou o prêmio, e antes disso em 1963, com a Maria Goeppert Mayer e em 1903, com Marie Curie, isso contra mais de 200 homens que ganharam o prêmio ao longo do tempo.
Numa entrevista da astrônoma para a AFP, ela fala sobre o que pode ser a definição do buraco negro para as pessoas. - "Muito poucas pessoas entendem o que é um buraco negro, mas muitas pessoas são fascinadas por eles. é muito difícil conceituar um buraco negro. As leis da física perto de um buraco negro são tão diferentes daquelas que operam na Terra, que você não tem intuição para as coisas que está procurando".
Já a microbiologista Francesa Emmanuelle Charpentier e a Bioquímica americana Jennifer Doudna ganharam o Nobel de Química, por conta de um desenvolvimento do Crispr, um sistema de edição genética, onde as “tesouras moleculares” consegue modificar os genes humanos. Logo após a premiação, a microbiologista Emmanuelle Charpentier comentou com os Jornalistas sobre como era o sentimento de serem as primeiras mulheres a levantarem junta o Nobel: - "Eu gostaria de passar uma mensagem positiva a meninas que gostariam de seguir o caminho da ciência. Acho que nós mostramos a elas que uma mulher pode ter impacto na ciência que elas estão fazendo. Espero que Jennifer Doudna e eu possamos passar uma mensagem forte às meninas."
Mas o que é o Crispr? Chamado de Crispr (ou Cas9), ele é uma “tesoura genética” que permite a ciência mudar parte do código genético de uma célula. Com essa “tesoura” por exemplo, é possível cortar uma parte específica do DNA/RNA, fazendo com que a célula produza ou não certas proteínas.
Com as duas cientistas, foi a primeira vez que três mulheres ganharam num mesmo ano o prêmio Nobel, sendo que, desde de 1901, somente 23 mulheres já ganharam algum Nobel em alguma das categorias, sendo que Marie Curie levando dois Noble em duas áreas diferentes: Física e Química.
E isso é muito interessante pois, nos leva a pensar que mais mulheres podem sim conquistar méritos nas áreas mais importante, onde antes era somente de homem. ainda mais para o futuro pois essas três cientistas podem ser tornar referências em suas áreas para as gerações futuras, principalmente para as novas ciências que estão à vir.
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