DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: A CONTINUIDADE DA VIDA
- Gabriel leandro
- 30 de set. de 2021
- 3 min de leitura
Ser um doador é um ato de consciência e amor ao próximo.

Gabriel Leandro
A doação de órgãos é um processo com o intuito de salvar a vida de pessoas que possuem um de seus órgãos ou parte do tecido humano doente. É uma ação muito importante e que salva milhares de vidas diariamente.
Diversas pessoas ao desenvolverem problemas renais, cardíacos, entre outros que afetam diretamente no funcionamento de algum órgão do corpo; necessitam passar pelo processo de transplante, com o intuito de salvarem suas vidas.
O setor responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação de órgãos no Brasil, é o Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Para auxiliar na distribuição dos transplantes, o SNT realiza campanhas para promover a doação de órgãos, além de cuidar da logística de transporte dos mesmos e também a parte burocrática que há por trás das doações.
De acordo com informações divulgadas pelo site oficial do Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo. Porém, mesmo com a grande quantidade de doadores dispostos a contribuir salvando a vida de quem precisa de uma doação urgente, a fila de espera para ser contemplado com um transplante segue intensa e incessante.
As doações que podem ser feitas são:
• Coração: o transplante só pode ser realizado por meio de um doador falecido, com morte
encefálica constatada. O transplante de coração é recomendado a pessoas com insuficiência cardíaca e que não respondem a nenhum tratamento ou cirurgia.
• Válvulas cardíacas: esse tipo de transplante é indicado para pessoas com doenças da válvula do coração. Em alguns casos, não é possível usar para transplante o coração de um indivíduo que teve morte encefálica, porém, as válvulas podem ser doadas e mantidas em um banco de válvulas, onde são mantidas durante anos.
• Fígado: é um órgão que tem a capacidade de regenerar-se, por isso, o doador pode doar parte de seu fígado, em vida. Esse tipo de transplante é realizado principalmente em casos de cirrose hepática.
• Pulmão: esse tipo de transplante é indicado para pessoas com doença pulmonar grave, tais como fibrose cística, pulmonar e enfisema. Em situações especiais, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo e são necessários dois doadores para um receptor.
• Ossos: implantes dentários, transplantes para lesões da coluna e próteses são alguns tipos de transplantes para ossos, que podem ser realizados por meio de cirurgias simples. Os ossos doados podem ser mantidos em um banco por um longo período.
• Medula óssea: é responsável por produzir componentes do sangue e é usada para a cura de doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia. A doença da medula óssea é a única forma de doação que mantém um banco de doadores e que também é permitida a crianças e gestantes.
• Rim: os rins, por serem dois, podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento. A doação do rim geralmente é feita para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, entre outras doenças renais.
• Pâncreas: esse tipo de transplante é feito a partir de doadores falecidos e geralmente é realizado junto com o transplante de rim, pois o pâncreas é um órgão que atua na digestão dos alimentos e também na produção de insulina, elemento responsável pelo equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue. O transplante é feito em pessoas com diabetes e sérios problemas renais.
• Córneas: o transplante só pode ser feito a partir de doadores falecidos, com idade entre 2 a 80 anos. Ceratocone e distrofia do endotélio são algumas das doenças graves que podem afetar a córnea, parte do olho que controla a passagem de luz para a retina.
• Pele: a doação pode ser feita por pessoas falecidas ou aquelas que removeram partes da pele em cirurgias estéticas. O transplante de pele é recomendado em caso de pessoas que sofreram extensas queimaduras ou doenças dermatológicas graves.
Para ser um doador, basta a pessoa ser maior de idade, possuir boas condições de saúde após a avaliação física e exames realizados, além de avisar a família de tal decisão, para que após a morte familiares com parentesco de até 2° grau possam autorizar por escrito a retirada dos órgãos. Também é possível realizar a doação em vida, para órgãos duplos, como por exemplo o rim. Podem ser doados também o fígado e o pulmão, nessa situação é doado apenas uma parte do órgão para o receptor. Na doação pós morte, a única causa permitida são em casos de morte encefálica, ou seja quando há ausência de funções neurológicas.
O dia 27 de setembro é marcado no Brasil como o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Essa data foi decretada após a sanção da Lei nº 11.584/2.007, que tem como intuito conscientizar a sociedade da importância em ser um doador, além de fazer as famílias conversarem entre si sobre esse assunto.
Doar órgãos é o mesmo que doar esperança.
- Sandro Kretus
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