SETEMBRO AMARELO: MÊS DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
- Gabriel leandro
- 9 de set. de 2021
- 3 min de leitura
A campanha que tem como intuito conscientizar a população sobre o tema, começou a se propagar pelo Brasil em 2015, com diversos movimentos de prevenção.

Gabriel Leandro
O movimento Setembro Amarelo tem como principal objetivo alertar as pessoas da importância de procurar ajuda em casos de depressão, transtornos de ansiedade, etc. com o intuito de colocar para fora aquilo que se sente e muita das vezes sufoca a pessoa que sofre com determinada situação. No Brasil, a iniciativa foi tomada pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), em parceria com o CFM (Conselho Federal de Medicina) e com a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
Apesar de ter início no Brasil em 2015, o movimento Setembro Amarelo teve origem nos Estados Unidos com a história do jovem Mike Emme, que era muito conhecido por ser um rapaz muito carinhoso e prestativo, além de suas habilidades mecânicas; sua principal marca era seu Mustang 68 que ele mesmo restaurou e pintou de amarelo. Porém, em setembro de 1994, Mike tirou sua vida aos 17 anos. Sua família e amigos não perceberam a tempo os sinais demonstrados pelo jovem. No funeral do garoto, seus amigos e familiares prepararam uma carta com um laço amarelo e a seguinte mensagem: "Se precisar, peça ajuda". Tal ação ganhou grande visibilidade e se expandiu por todo os EUA. Desde então diversos jovens começaram a utilizar cartões e laços amarelos com o intuito de pedir ajuda.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) instituiu em 2003 o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, e a cor amarela que representa o mês em homenagem a Mike e seu Mustang 68 amarelo.
Falar sobre suicídio por muitos anos foi um tabu, por se achar que os motivos que levavam as pessoas a cometerem tal ato fosse frescura e afins, o que não é verídico. Segundo dados da OMS, cerca de 800 mil pessoas perdem a vida por ano decorrente do suicídio. Dentre as causas estão: baixa autoestima, carência, luto, bullying , preconceito por conta da orientação sexual ou religiosa, entre outros.
Diversos especialistas da área da psicologia e psiquiatria, afirmam que a pessoa com depressão manifesta diversos tipos de sinais que devem ser observados. Os principais índices apresentados são: isolamento, perda de apetite, insônia, mudanças de hábitos como por exemplo na estética, tristeza contínua, etc. Ao perceber esses comportamentos se aproxime da pessoa e incentive ela a procurar um especialista que possa ajudar neste tratamento, também é muito importante ouvir o que a pessoa tem a dizer e compreender a situação.
Em depoimento concedido ao Id Universitário, a psicóloga, doutora Karina Vasconcelos relata que para a pessoa que pensa em tirar a própria vida, o suicídio é uma maneira de dar fim a dor que sente, não a uma dor física, mas sim emocional. "Muitos dos meus pacientes relatam essa dor e dizem que ela chega a ser muito pior que a física. Eles não querem abrir mão da vida, mas acabam achando que essa é a única saída", afirma a psicóloga.
A doutora também confirma que os maiores índices de casos envolvendo depressão e suicídio estão presentes em adolescente e jovens, e que seu objetivo ao atender esses pacientes é trazer novamente a eles o prazer na vida. "O meu maior público hoje é composto por adolescentes com várias tentativas de suicídio. Trazer o prazer para a vida destas pessoas acaba virando meu objetivo, mas também faço uma intervenção familiar, mostrando a importância do ouvir e do apoio. Ouvir os adolescentes, conversar e não julgar pode ajudar e muito, pois morrem de medo do julgamento e de que alguém irá brigar. A sociedade já os cobra muito e com isso, começam a se sentir fora dos padrões ou diferente. O que pode ser feito, é simplesmente ouvir e prestar apoio, mostrar que estará junto e que irá ajudar".
Além de procurar ajuda com especialistas na área da psicologia, o CVV presta um auxílio muito importante para pessoas que querem desabafar sobre os problemas que estão enfrentando. Atendimento anônimo e gratuito que é oferecido pelo número 188, ou através do site www.cvv.org.br, onde o serviço pode ser prestado através do chat ou por e-mail.
E LEMBRE-SE VOCÊ É INCRÍVEL, E NÃO ESTÁ SOZINHO.
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