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  • Foto do escritor: Maria Ingrid
    Maria Ingrid
  • 18 de mar. de 2021
  • 4 min de leitura

Dados do painel de compras do ministério da economia, divulgados em primeira mão pelo site "Metrópoles" deram o que falar na terça-feira (26).


Imagem de domínio público

Os dados apontam que o governo chegou a gastar cerca de R$1,8 bilhão com alimentos em 2020, um aumento de 20% comparado com o ano de 2019. Entre os alimentos listados pelo site, estão biscoitos, sorvete, massa de pastel, geleia de mocotó, pão de queijo, pizza, vinho, bombom e chiclete. O assunto que ficou entre os mais comentados no twitter e tomou conta da vida da brasileiro, foi o valor gasto em leite condensado: R$ 15 milhões. No instagram, foi comentado como o dinheiro poderia ter sido usado, R$ 18 milhões de testes de covid (preço médio de um teste de farmácia R$100), o dinheiro dos leites condensados comprariam cerca de 8.335 cilindros de oxigênio de 50L (custando R$1.800 cada um), poderiam ser usados para pagar o auxílio emergencial para 1 milhão e 500 mil de brasileiros, entre outras alternativas de usar o dinheiro. E no Facebook, os memes não ficaram de lado, imagens do presidente e do leite condensado povoaram a timeline da rede social.


MINISTÉRIO DA DEFESA DIZ QUE DOCES SÃO PARA O EXÉRCITO


O Ministério da Defesa afirmou que o "efetivo de militares da ativa é de 370 mil homens e mulheres, que diariamente realizam suas refeições, em 1.600 organizações militares espalhadas por todo o país".

"As Forças Armadas têm a responsabilidade de promover a saúde da tropa por meio de uma alimentação nutricionalmente balanceada, em quantidade e qualidade adequadas, composta por diferentes itens."

Também justificou a compra de leite condensado em quantidade: "O leite condensado é um dos itens que compõem a alimentação por seu potencial energético. Eventualmente, pode ser usado em substituição ao leite.


Vale a pena lembrar que essa não é a primeira vez que os gastos são alvo de atenção da mídia e da sociedade.


LULA E OS GASTOS COM BEBIDAS DE 12 ANOS


Quando presidente, Lula usou o cartão corporativo para compras igualmente polêmicas. Segundo o jornal Gazeta do Povo, em apenas um dia, foram compradas com dinheiro público 6 garrafas de vodka Absolut, 6 de uísque Johnnie Walker Black, 6 de cachaça Havana (R$ 400 a unidade) e 18 garrafas de vinho. A conta de R$5 mil foi destinada ao Palácio da Alvorada. Segundo a reportagem, essa não foi a primeira vez que o cartão foi usado pelo ex-presidente para compras de bebidas, foram compradas mais 7 garrafas de uísque, 6 de vodka e 5 de cachaça Anísio Santiago (também por R$ 400 e com envelhecimento de 12 anos), o valor total foi de R$ 4 mil.



De acordo com a assessoria do ex-presidente, a razão das compras eram os altos eventos e recepções a chefes de Estado e autoridades estrangeiras que o governo realizava.


DILMA E O CAMARÃO DE R$230



A ex-presidente Dilma também usou o cartão corporativo para compras de cachaça, vinho e outros itens. Segundo a reportagem, a então presidente gastou dinheiro com camarão que custava R$230 o quilo. Dilma também realizou a compra de uma coleira para o seu labrador, Nego, por R$255.


Mas isso é somente parte dos gastos. Os cartões são usados para tudo.



A legislação determina o sigilo de 98% dos gastos feitos pelo seu presidente até o final do seu mandato. O sigilo com cartão corporativo foi criado para proteger informações que possam ameaçar a segurança do presidente e de seus familiares.



MICHEL TEMER E OS GASTOS EM COMIDA DE AVIÃO


O ex-presidente Michel Temer gastou, em cinco anos, o equivalente a R$4,7 milhões em comida do avião presidencial. Alguns itens requisitados, como sorvetes Häagen-Dazs, camarão, salmão e até caviar.



Em uma dessas compras, o Palácio do Planalto chegou a abrir uma licitação para comprar alimentos e serviços para o avião presidencial de Michel Temer (PMDB). O valor previsto era de R$ 1,75 milhão para o período de um ano. Mas após a repercussão negativa, o governo cancelou uma licitação que previa a compra de alimentos de alto padrão para abastecer o avião presidencial de Michel Temer, com gastos superiores a R$ 1,7 milhão



FARRA COM O DINHEIRO PÚBLICO VAI DO EXECUTIVO AO LEGISLATIVO



Assim como os ex-presidentes e o presidente atual, Jair Bolsonaro, os deputados federais também abusaram do dinheiro público, pagaram pizzas, sorvetes e refeições em churrascarias. Segundo o Correio do Povo, os parlamentares gastaram mais de R$ 80 mil em refeições entre os dias 1 e 5 de março de 2019, período em que ocorreu a comemoração do Carnaval e os deputados tiveram folga do trabalho.



O deputado Abou Anni (PSL-SP) gastou R$ 108,71 em um restaurante dentro do Morumbi Shopping, em São Paulo.


Em um e-mail enviado por Abou Anni afirmou o seguinte sobre o gasto feito com a refeição: “Tive agenda por volta das 11h30min com o grupo político da cidade de Embu das Artes, a qual obtive uma votação expressiva, em seguida desloquei-me para o centro da cidade a fim de me reunir com alguns assessores no gabinete estendido, porém antes decidi almoçar no Shopping Morumbi uma vez que é caminho do meu deslocamento”.



Assim que o feriado passou, os deputados pediram reembolso dos gastos. Na época, Bibo Nunes (PSL-RS) apresentou dois recibos que totalizam R$ 176 em uma pizzaria. O parlamentar Helio Lopes (PSL-RJ) gastou R$ 145,70 em um restaurante de frutos do mar e o cardápio foi camarão.



Imagem de domínio público

Os problemas trazidos pela pandemia de Covid-19 vão além das questões estruturais da saúde, como a falta de leitos, superlotação e abastecimento de oxigênio. As implicações na saúde mental do trabalhador brasileiro causadas pela incerteza e pelo medo é um fato que se destaca no cenário atual. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas (INDEC), na Argentina, os impactos foram destrutivos. Em uma pesquisa realizada em Buenos Aires, de agosto a outubro de 2020, pelo Instituto Nacional de Pesquisas (INDEC), 40,3% dos lares que responderam a pesquisa, registraram problemas de emprego para ao menos um dos seus integrantes, outros 49,3% dos lares consultados, tiveram uma redução no seu salário total, enquanto 33,8% reduziram o consumo de ao menos um alimento (carnes, verduras frescas ou leite). Do total de pesquisados, 45,8% diminuíram o consumo de produtos não alimentícios e 28,6% deixaram de pagar ou tiveram problemas para cobrir os pagamentos de serviços de casa.


O Coronavírus tem gerado muitas discussões polêmicas entre quem é a favor e contra o lockdown. Há quem diga que é benéfico porque atenua as infecções, e outros, afirmam que é prejudicial para quem precisa colocar a comida em sua mesa.


O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), decretou lockdown em todo o estado, com medidas restritivas. A decisão foi tomada quando o Brasil ultrapassou as 270 mil mortes, o pior momento da pandemia. Esse número leva o país a estar em segundo lugar por números de óbitos, atrás apenas dos EUA. Ao considerar os números por milhão de habitantes, o Brasil ocupa a 19ª posição, atrás de países como Itália, França, Portugal, Reino Unido e Espanha, de acordo com a Johns Hopkins University.


ARTIGO FALA DE DOIS TIPOS DE RESTRIÇÃO


Um artigo escrito de Patrick Carroll para a FEE – Fundation Economic Education, traz a pergunta: Por que o Lockdown é coisa de gente privilegiada? O autor conta que imigrantes foram demitidos de seus empregos e sobre as mães solteiras, que não podem ter acesso às creches. Idosos que não conseguem apoio e pessoas com doenças mentais que lutam contra a falta de rotina. O autor aborda dois tipos de restrição totalmente diferentes:


O primeiro tipo de Lockdown é aquele experimentado pela “elite”. Mais parecido com o que ele chama de “inconveniência romantizada”, esse tipo de restrição é caracterizado pelo trabalho remoto, reuniões pelo zoom e pedidos pelo Uber Eats.


O segundo tipo de restrição é aquela experimentada pela classe baixa. Para muitos, significa desemprego ou subemprego. Esse tipo de restrição tem levado a taxas mais altas de suicídio e prejudicado toda uma geração de crianças cujo bem-estar psicológico depende de interações sociais.


O Dr. David Nabarro, ex-candidato do Reino Unido para chefiar a OMS e atual Enviado Especial da organização para a Covid-19, disse que tais medidas devem ser tratadas apenas como último recurso.


Em entrevista à Andrew Neil, da revista britânica The Spectador, o Dr. David Nabarro, disse que a única coisa que os Lockdowns conseguiram foi pobreza. Além da entrevista, Nabarro já havia alertado ao Comitê de Relações Exteriores do Reino Unido que “medidas de contenção” levariam a “grandes aumentos na pobreza, fome, desemprego e assim por diante”.


Lockdown no Brasil


De acordo com a Revista Oeste, quase 50 milhões de estudantes ficaram entregues à própria sorte – particularmente os 80% matriculados em escolas públicas. Destes, quase 25% não têm acesso à internet, e cerca de 4 milhões de jovens abandonaram os estudos, segundo uma pesquisa encomendada pelo banco digital C6 Bank.


Um estudo coordenado pelo médico Fabio Jung, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e publicado em setembro de 2020, mostrou que a paralisação das escolas ameaça a saúde psiquiátrica de crianças e adolescentes, compromete a segurança alimentar e os torna mais expostos a abusos e maus-tratos, a drogas e violência.


The Great Barrington Declaration


Tendo em vista as consequências do fechamento, três cientistas se reuniram na cidade de Great Barrington, no estado de Massachusetts, em outubro de 2020, e assinaram um manifesto propondo medidas liberais no combate à pandemia de Covid-19. A abolição do lockdown foi a pauta principal do manifesto. Medidas liberais foram propostas, alertando sobre a importância da volta às atividades daqueles que não são consideradas pessoas vulneráveis. Essa abordagem foi chamada de “Proteção Focalizada”.


Esse documento contou com a participação de epidemiologistas como Martin Kulldorf (professor de Medicina da Universidade de Harvard), Sunetra Gupta (professor na Universidade de Oxford) e Jay Bhattacharya (professor na Escola de Medicina da Universidade de Stanford). Eles afirmaram que as políticas de confinamento estão a produzir efeitos devastadores na saúde pública, como queda nas taxas de vacinação infantil, agravamento nos casos de doenças cardiovasculares, diminuição dos exames para detecção e tratamento de câncer e deterioração da saúde mental.


O Manifesto sugere que medidas sejam adotadas para proteger os mais vulneráveis, enquanto aqueles que correm menos risco, possam ser integrados à vida normal. “Sabemos que todas as populações eventualmente alcançarão a imunidade de rebanho – ou seja, o ponto em que a taxa de novas infecções é estável – e que isso pode ser assistido por (mas não depende de) uma vacina”, diz o manifesto.


Brasileiro que se desdobra


A reportagem conversou com José Augusto de Paula Silva – 47 anos. Ele conta que trabalhava numa empresa e tinha planos de comprar outro apartamento como forma de investimento. Hoje está desempregado, terminou sua reserva e se desdobra trabalhando como autônomo vendendo plano de saúde. O que o ajuda é o emprego da esposa. A situação do José Augusto é uma entre milhões de brasileiros que precisam comprar alimentos, remédios e honrar as contas do mês. A pandemia, de fato, não trouxe somente problemas nos hospitais, mas trouxe, também, consequências no bolso do trabalhador, dificuldades metais, violência, abusos, depressão e outras situações, que muitas vezes são camufladas. Assim, entre o embate de opiniões e pesquisas, com dados científicos e o comparativo da realidade, seja dos números da Covid-19, ou de seus impactos na economia, o que prevalece é a necessidade de se atuar nas duas frentes. Resta saber quais serão as alternativas capazes de produzir efeitos no curto prazo, atendendo às diferentes demandas da população.

  • Foto do escritor: Isabelle Oliveira
    Isabelle Oliveira
  • 17 de nov. de 2020
  • 3 min de leitura

Imagem de domínio público.


Com a confirmação da eleição de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos pela agência de notícias Associated Press e outras grandes mídias, muito tem se falado sobre as relações entre o Brasil e o país Norte Americano. Durante sua campanha, Biden se referiu ao Brasil ao falar sobre a Amazônia, o agora possível presidente dos Estados Unidos declarou: "(A comunidade internacional diria ao Brasil) aqui estão US$ 20 bilhões, pare de destruir a floresta. E se não parar, vai enfrentar consequências econômicas significativas".


Com a ameaça de sanção econômica o Presidente Jair Bolsonaro respondeu ao comentário declarando que o achou “lamentável”. Todo esse atrito gerado já durante o período de campanha política causou preocupações sobre as relações socioeconômicas entre os países, caso Biden fosse eleito, o que agora já é tido como certo por grandes veículos de imprensa, apesar da relutância de Trump em aceitar a derrota e suas tentativas de recontagem de votos.


A Amazônia tem sido tópico entre líderes internacionais desde o ano passado, gerando alguns atritos entre o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro e outros chefes de estado, como por exemplo, o público atrito entre Bolsonaro e Emmanuel Macron, presidente da França. O Brasil já contou com ajuda externa através do Fundo Amazônia para combate ao desmatamento e preservação da floresta, mas em 2019 Noruega e Alemanha, maiores financiadores, anunciaram a suspensão de suas contribuições, por não concordarem com as políticas ambientais adotadas pelo governo.


Agora, com a praticamente certa vitória de Biden, parece que os Estados Unidos estariam prontos para adotar uma postura mais rígida sobre o assunto, com a política ambiental do presidente Norte americano. muito diferente de Trump, os Estados Unidos volta a se preocupar com questões ambientais em especial com o aquecimento Global, Biden deseja colocar os Estados Unidos de volta no acordo de Paris sobre combate às mudanças climáticas, e com isso parece querer adotar uma postura de mais ação, o que parece incluir a Amazônia.


Diante das declarações de Biden, Bolsonaro se mostrou firme dizendo que o interesse na Amazônia por países internacionais se trata de Cobiça e declarou: “O Brasil mudou. Hoje, seu Presidente, diferentemente da esquerda, não mais aceita subornos, criminosas demarcações ou infundadas ameaças". Em evento público realizado na Terça-Feira, 11, quatro dias após a confirmação da vitória de Biden pela imprensa norte-americana, o Presidente brasileiro fez comentários bastante polêmicos e ameaçadores sobre os possíveis interesses dos Estados Unidos nos recursos brasileiros.


"O Brasil é um país riquíssimo. Assistimos há pouco um grande candidato à chefia de Estado dizer que se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que nós podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, né, Ernesto [dirigindo-se a Ernesto Araújo, ministro das relações exteriores]? Porque quando acabar a saliva, tem que ter pólvora se não, não funciona. Precisa nem usar a pólvora, mas precisa saber que tem", disse Bolsonaro.


Durante o governo de Donald Trump, a relação entre os presidentes era amistosa, Bolsonaro sempre fez questão de mostrar publicamente sua devoção aos Estados Unidos e a seu presidente. O Presidente brasileiro dizia que ambos compartilhavam das mesmas ideologias e políticas, Trump não estava muito preocupado com questões climáticas e com a Amazônia, agora isso parece estar mudando e Bolsonaro adota uma postura diferente, não mais de devoção aos Estados Unidos, mas de soberania Brasileira.


Biden com suas ameaças de sanções econômicas parece na verdade mais ameaçador do que Bolsonaro e suas ameaças de usar “pólvora” contra o governo norte-americano, já que sanções econômicas representam grande impacto sobre o crescimento do Brasil. Mas Bolsonaro não parece preocupado em amenizar a situação, mas sim manter a postura diante de sua base eleitoral.


O que poderia ser feito contra o Brasil em questões econômicas ainda é incerto, se fala sobre a possibilidade de serem criados bloqueios sob o acordo de livre comércio assinado recentemente entre os dois países. Ainda que a relação entre Brasil e Estados Unidos possa se tornar mais pragmática e menos amistosa quanto era durante o governo Trump. Nestor Forster Júnior o encarregado de negócios da embaixada do Brasil em Washington, afirmou que: “ Antes dos resultados da eleição, os países devem manter uma boa relação”.


Em conversa com a BBC o professor de relações Internacionais, na Fundação Getúlio Vargas, Oliver Stuenkel declarou: "Embora uma vitória de Biden vá levar a uma postura mais dura, é possível que ela nem seja tão dura quanto a europeia. já que a maior preocupação de Biden é a crescente influência da China no continente e não o ambiente e o governo Bolsonaro é visto como possível aliado para conter essa influência".


"No entanto, Bolsonaro e Trump com certeza vão manter contato, e ter um presidente brasileiro ativamente apoiando a oposição nos EUA pode complicar uma tentativa Biden de ter uma relação pragmática com Brasil". Declarou Stuenkel.


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